Afinal, como ser assistente social?
Se você se interessa pelos estudos da área de humanas e busca por uma profissão que trabalhe diretamente com a sociedade e seus direitos básicos, essa pode ser a carreira certa para você.
Mas como ingressar na carreira de serviço social?
Essa é uma pergunta bem mais frequente do que parece. Pensando nisso, reunimos neste artigo todas informações essenciais para quem quer seguir na área. Confira:
O assistente social é um profissional com formação de nível superior que trabalha com planejamento, gestão e execução de políticas, programas e serviços sociais para a população.
A principal missão é garantir que as políticas e direitos sociais sejam acessíveis para a população em geral, incluindo demandas como educação, saúde, previdência, habitação e cultura.
Os assistentes sociais são profissionais essenciais para que crianças, jovens, adultos e idosos tenham uma condição plena e satisfatória de vida, conforme indica a Constituição Federal.
Serviço social é uma área de estudos das demandas da sociedade, visando a promover o bem-estar da população e a redução das desigualdades. Ela é multidisciplinar, reunindo conhecimentos de disciplinas como Sociologia, Saúde Coletiva, História, Filosofia e Pedagogia.
Temas como justiça social, direitos humanos, responsabilidade coletiva e respeito à diversidade fazem parte do seu escopo de investigação.
O objetivo é promover o desenvolvimento, a mudança e a coesão social, por meio do aprimoramento e da implementação de políticas públicas baseadas em evidências científicas.
Assistência social é uma política pública que fica a cargo do Estado. Ou seja, é um direito de todo cidadão que dela precisar. Ela está prevista na Constituição Federal de 1988 e é regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
Mas o que isso quer dizer? É dever do Estado dar assistência para a população e garantir que seus direitos básicos sejam atendidos, como educação, saúde e moradia, por exemplo.
Já o Serviço Social é uma área do conhecimento, um campo de estudos. É a formação para aqueles que desejam compreender e trabalhar com assistência social.
Ou seja, assistência social e Serviço Social são conceitos complementares. A diferença é que o primeiro trata de um conjunto de políticas públicas e o segundo de um campo do conhecimento.
Outra confusão comum é achar que assistência social é sinônimo de assistencialismo.
Porém, o termo se refere à uma forma de doação ou boa vontade, e não a um direito, enquanto o trabalho do Serviço Social está ancorado nos direitos básicos previstos para cidadãos e cidadãs.
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O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo.
Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020, o Brasil ocupa a nona posição no ranking de países com maior desigualdade de distribuição de renda.
O número de pessoas vivendo abaixo da linha pobreza é de 62,5 milhões (29,4% da população).
Os dados refletem a situação de vulnerabilidade em que a boa parte dos brasileiros vive, reforçando a necessidade de políticas públicas e programas sociais para superar essa situação.
Um dos profissionais mais capacitados para pensar políticas e encontrar meios de proporcionar melhores condições de vida para a população é o assistente social.
Junto ao poder público, esse profissional é capaz de reduzir desigualdades e promover o bem-estar da população. Ou seja, os assistentes sociais são profissionais essenciais para a construção de uma sociedade mais igualitária.
As primeiras escolas de Serviço Social surgiram no Brasil no final da década de 1930, quando o país começou a entrar em um processo intenso de industrialização e urbanização. Em 1957, houve o reconhecimento legal da profissão e o reconhecimento de sua importância.
Nos anos 1990, instituiu-se o novo Código de Ética do Serviço Social, que abrangia um projeto profissional mais contemporâneo e comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos.
A prática do profissional de Serviço Social também é orientada pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988 e na legislação complementar que se refere às políticas sociais e direitos da população. Isso porque não pode haver qualquer tipo de discriminação no atendimento do profissional.
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Os assistentes sociais encontram oportunidades no setor público, em secretarias de serviço social, centros de referência à assistência social, na educação e também no trabalho com idosos, deficientes, crianças e grupos em vulnerabilidade social.
Também há vagas em organizações não governamentais como o Conselho Tutelar, assim como em Casas de Repouso, Abrigos, Casas Lar, Centros de Recuperação de Jovens e Adolescentes, APAE, entre outras.
Ainda há oportunidades em hospitais e empresas que contam com equipes de apoio ao colaborador. Abaixo, veja mais detalhes sobre as áreas de atuação dos assistentes sociais:
O portal Educa Mais Brasil levantou os salários dos assistentes sociais e organizou os valores de acordo com nível hierárquico e porte da empresa em que o profissional trabalha.
As informações foram retiradas do SINE - Site Nacional de Empregos. Confira:
Na profissão de assistente social, não há um piso salarial unificado em todo o território nacional. Isso significa que os órgãos responsáveis de cada região determinam o valor mínimo a ser pago a seus profissionais.
O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), inclusive, criou, em 2001, a Tabela Referencial de Honorários de Serviço Social (TRHSS) para orientar os valores a serem cobrados.
Por exemplo, um profissional graduado cobra cerca de R$ 171 por hora. Já um assistente social com doutorado cobra R$ 273,66. O documento é atualizado e corrigido todos os anos com base no ICV-Dieese.
No entanto, existem projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que propõem um piso salarial para assistentes sociais.
O mais recente deles é o PL 41/2021, que foi apensado ao PL 1827/2019. O projeto determina um valor mínimo de R$ 4.200,00, que deve ser ajustado ao final de cada ano com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
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Abaixo, trazemos os principais requisitos para se tornar assistente social. Confira:
O curso de Serviço Social é do campo de humanas, reunindo conhecimento de Sociologia, Filosofia, Antropologia e História.
Dessa forma, o primeiro requisito para cursar essa faculdade é se interessar por essa área de estudos. Se você gostava dessas matérias na época escolar, é bem provável que se interesse pelos conteúdos trabalhados no curso.
Como todo o curso de humanas, a faculdade de Serviço Social também tem uma carga teórica expressiva, sendo assim, é essencial gostar de ler para cursar essa graduação.
Além disso, é fundamental que o estudante também tenha uma visão crítica e analítica sobre a realidade que o cerca. Afinal, a transformação social é o principal objetivo desse curso.
Empatia, boa comunicação interpessoal e gostar de trabalhar com grupos de pessoas também são habilidades válidas para o estudante de Serviço Social.
O principal pré-requisito para trabalhar com Serviço Social é ter cursado a graduação em uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Veja mais sobre essa faculdade no tópico seguinte.
Para exercer a profissão de assistente social, além do diploma de Serviço Social, é fundamental ter o registro no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) após a diplomação.
O registro profissional é obrigatório para o exercício da profissão de assistente social.
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O curso de Serviço Social é um bacharelado que prepara o estudante para trabalhar em prol dos direitos humanos, proporcionando dignidade às pessoas que passam por algum tipo de dificuldade social, familiar, financeira ou de saúde.
Durante a graduação, você aprenderá sobre políticas públicas, direitos humanos, bem-estar social, direito social, diversidade, seguridade social, métodos de pesquisa e diagnóstico e muitos outros temas que permeiam a profissão do assistente social.
Confira todas as informações sobre a graduação em Serviço Social:
O curso tem duração de quatro anos. Ou seja, oito semestres.
Isso se o aluno fizer todas as disciplinas indicadas em cada semestre. Caso ele faça menos disciplinas, pode levar mais alguns semestres para concluir a graduação.
É possível cursar a faculdade de Serviço Social nas três modalidades existentes: presencial, semipresencial e a distância.
Na modalidade presencial, você precisa ir até o campus para assistir aulas e fazer provas. No formato semipresencial, você faz parte do curso a distância e parte presencialmente.
Já na modalidade EAD, você estuda através de uma plataforma digital, tendo muito mais flexibilidade para assistir aulas e entregar atividades de onde estiver e quando tiver tempo.
Toda faculdade de Serviço Social deve abordar um tripé de conteúdos básicos na grade curricular, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais do MEC:
Partindo desse tripé, o curso deve oferecer disciplinas das áreas de humanas, majoritariamente. Existem também, em menor número, disciplinas que envolvem conhecimentos de exatas.
Antropologia, sociologia, políticas públicas, história, direitos humanos são alguns dos conteúdos da área de humanas. Economia e estatística são alguns dos conhecimentos do campo das exatas.
Algumas das disciplinas que compõem a grade curricular do curso de Serviço Social são:
O estágio é obrigatório para a conclusão do curso e obtenção do diploma. Inclusive, ele é recomendado pelos CRESS's, que oferecem uma cartilha com orientações para estagiárias e estagiários em Serviço Social.
Os estudantes de Serviço Social podem estagiar em procuradorias de justiça, empresas, organizações sem fins lucrativos ou instituições de atendimento hospitalar e assistencial.
Apresentar um trabalho de conclusão de curso (TCC) também é obrigatório para a obtenção do diploma. Ele costuma ter formato padrão, mas o indicado é se informar sobre como o trabalho final é realizado na instituição de ensino onde estuda e em que formato precisa ser apresentado.
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Confira uma lista de universidades e centros universitários que oferecem o curso de Serviço Social e contam com programas de bolsa de estudos:
Todos os cursos são na modalidade EAD e reconhecidos pelo MEC.
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