Émile Durkheim foi um dos sociólogos mais importantes da história, pois definiu conceitos utilizados até hoje para entendimento da sociedade como um todo.
Foi também o responsável por criar o método sociológico, que tinha como objetivo tornar a Sociologia uma área de estudo e pesquisa independente, sem a necessidade de utilizar conceitos de outras ciências na análise sociológica.
Segundo ele, “se existe uma ciência das sociedades, é de desejar que ela não consiste simplesmente numa paráfrase dos preconceitos tradicionais, mas nos faça ver as coisas de maneira diferente da sua aparência vulgar; De fato, o objeto de qualquer ciência é fazer descobertas, e toda descoberta desconcerta mais ou menos as opiniões herdadas".
Por sua importância histórica, suas ideias são recorrentes na prova de Sociologia do Enem e outros vestibulares.
Entenda melhor seus conceitos e esteja preparado para as provas!
Quem foi Émile Durkheim
Émile Durkheim foi um sociólogo francês do século XIX que contribuiu com diferentes ideias, ideologias e pesquisas das áreas sociais. Além de sociólogo, também era psicólogo e filósofo.
O pensador é um dos mais importantes da história, pois seus conceitos e pesquisas reverberam até os dias atuais.
Junto com Max Weber e Karl Marx, formam a tríade dos pensadores clássicos.
Um dos maiores feitos de Émile Durkheim foi ter definido o método sociológico de pesquisa, o que tornou essa área de estudos uma ciência independente das outras.
A partir dessas definições, os estudos sociológicos precisavam passar por métodos específicos de estudo e análise.
O intuito era diminuir as interferências de outras áreas na sociologia, entendendo-a como autônoma.
Também foi o criador da Teoria dos Fatos Sociais, muito importante para a sociedade até hoje e um dos tópicos mais abordados na prova do Enem e outros vestibulares.
Essa teoria afirma que fatos gerais que marcam a sociedade de alguma forma acabam sendo mais influentes do que os fatos e pensamentos individuais de cada pessoa. Veremos mais sobre essa teoria a seguir!
Principais livros de Émile Durkheim
Émile Durkheim foi um estudioso, pesquisador e professor por toda a sua vida e, por isso, contribuiu com inúmeros livros da área de sociologia.
Suas obras são referências para novos estudos ainda nos dias de hoje.
Vale a pena conhecer as principais obras de Émile Durkheim para ter embasamentos para as provas, principalmente na redação.
Veja os nomes dos principais livros do sociólogo para pesquisar:
- A Divisão do Trabalho Social (1893)
- A Educação Moral (1925 – publicação póstuma)
- As Formas Elementares da Vida Religiosa (1912)
- As Regras do Método Sociológico (1895)
- Educação e Sociologia (1922 – publicação póstuma)
- Elementos de Sociologia (1889)
- O Socialismo (1928 – publicação póstuma)
- O Suicídio (1897)
- Sociologia e Filosofia (1924 – publicação póstuma)
Conceitos de Émile Durkheim que aparecem no Enem
Durkheim contribui de diversas maneiras para os estudos da sociedade e, a partir de suas obras, é possível citar 5 conceitos importantes que influenciam as pesquisas sociais até hoje.
Entenda esses 5 conceitos da teoria de Durkheim que sempre aparecem na prova do Enem!
1. Fato social
O conceito mais importante e mais frequente nas provas, a teoria do Fato Social, refere-se ao entendimento da sociedade como uma realidade objetiva, que pode ser estudada assim como as outras áreas.
Para Durkheim, o fato social conta com três elementos essenciais que o tornam factuais: generalidade, a externalidade e a coercitividade.
Em sua teoria, o sociólogo afirma que os fatos sociais são externos ao indivíduo e existem independente de nossa consciência sobre eles.
Não são imutáveis, mas, para serem alterados, precisam de um grande esforço.
O ser humano começa a ter contato com esses fatos desde seu nascimento e internaliza muitos deles. Esse processo foi chamado de “princípio da socialização”.
Com isso, Durkheim afirma que os fatos sociais influenciam a maneira de pensar de um indivíduo, muito mais do que o oposto.
2. Instituição social e anomia
Outro estudo importante do sociólogo foi sobre a instituição social e seu enfraquecimento (anomia).
Para ele, a instituição social é formada por um conjunto de regras que visam conservar uma organização de grupo e, pelo desejo de conservação, é necessariamente tradicionalista.
A anomia, por sua vez, é a definição de um momento em que as regras deixam de ser claras e, com isso, a instituição social perde seu limite.
O resultado é uma sociedade com indivíduos afastados entre si socialmente falando, sem consciência coletiva.
3. Consciência individual e coletiva
A consciência coletiva é a ideia de que todos os que convivem em uma mesma sociedade “criam” maneiras de agir que são comuns a todos.
Isso acontece tanto pelos fatos sociais quanto pela ideia de instituição social, que vimos anteriormente.
Por sua vez, a consciência individual refere-se ao âmbito pessoal, as vontades, gostos e pensamentos de cada um, vistos como únicos.
Um exemplo dado por muitos pesquisadores é o da vestimenta: a sociedade indica que temos que andar vestidos, mas cada um escolhe com que roupa deseja se vestir.
4. Solidariedade orgânica e mecânica
O conceito da coesão social é a base para essas ideias e diz que a sociedade está baseada no consenso existente entre os indivíduos.
Segundo ele, sociedades arcaicas eram definidas por uma solidariedade mecânica, em que os indivíduos compartilhavam as mesmas crenças, valores e formas de trabalho, por isso, criaram uma sociedade coesa.
Depois, surgiu a solidariedade orgânica, impulsionada pela divisão do trabalho.
Assim, os indivíduos compartilham os valores individuais, mas as relações de trabalho mudaram, sendo cada vez mais individuais e criando relações de poder entre as pessoas. Mesmo assim, existe a coesão por dependência.
Isso se aplica desde as relações pessoais até as definições das instituições sociais, cultura e ideologias.
5. Suicídio
Sendo Durkheim também psicólogo, um conceito criado por ele e utilizado até hoje em algumas vertentes do estudo da mente é o de suicídio.
De acordo com o pesquisador, existem diferentes tipos de suicídio, que também se relacionam com suas outras teorias.
- suicídio egoísta: ego pessoal sobrepõe-se ao ego social, o indivíduo não enxerga motivos para continuar vivo nem em sua vida pessoal nem na sociedade em que vive;
- suicídio altruísta: ego social maior que o individual, a pessoa enxerga os valores da sociedade como maiores que si próprio e escolhe encerrar a vida em “benefício” da sociedade. Pilotos kamikaze e homens-bomba são exemplos;
- suicídio anômico: acontece em momentos de desordem e caos (anomia), que levam ao desespero os mais afetados. Assim, deixam de ver sentido na vida ou têm sua saúde mental afetada pelos acontecimentos. Momentos de crise e de guerras são exemplos.
Os conceitos de Émile Durkheim reverberam até os dias de hoje e, por isso, é essencial entendê-los antes de fazer sua prova do Enem.
Aqui na FAESA aceitamos sua nota do Enem para você entrar para o ensino superior e fazer seu curso dos sonhos!
Conheça todos os nossos cursos de graduação!